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Pico do Grama: trilha suave e vista deslumbrante acima de 1.500 m, no Parque do Brigadeiro

Subir picos é uma atividade que exige disposição e preparo físico. Mas para quem está começando, algumas opções de trilha com percurso mais suave e de grau de dificuldade médio a leve favorece na hora de adquirir aos poucos a prática! Uma das opções que pude experienciar, pela primeira vez, no dia 11 de março de 2021, foi a subida ao Pico do Grama, localizado na sede do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais – Brasil.

Chegamos no estacionamento da unidade, que fica em frente a sede Administrativa, às 8h10, e fomos recebidos pela guarda-parque Laurielen que nos explicou em um mapa esculpido em madeira as trilhas possíveis dentro da sede do Parque. Digo isso, pois a unidade de conservação possui outras opções de picos e trilhas fora de sua sede central, já que sua área total é de 14.984 ha – já tive informações que esta área já aumentou, mas ainda não sei precisar o número atualizado; com oito municípios em seu entorno.

Para subir ao Pico do Grama precisamos agendar com antecedência e seguir orientações de segurança e cuidados. Durante as explicações antes da atividade, ficamos sabendo que era possível fazer outras duas trilhas curtas ao voltar do Pico que são a do Muriqui e a do Encontro. Vou falar um pouco mais das características destes dois percursos curtos no final do relato!

A entrada na unidade é Gratuita e é bom levar um lanche e água. Com a pandemia também exigidos uso de máscara e levar álcool em gel.

O ponto de acesso para começar a subir para o Pico do Grama é logo depois do estacionamento. Basta seguir pela estrada principal que a gente avista a placa indicando o caminho. Como março é período de muita chuva _ São as águas de março, fechando o verão… (cantarolando Tom Jobim, rs), é de se esperar que o percurso estivesse bem úmido, por isso o cuidado para não se estropiar pela trilha era redobrado. Ah, isso me faz lembrar de uma dica! A melhor época para ecoturismo é a partir de abril até agosto. Até dá pra subir em outras épocas, mas fica mais perigoso, devido chuvas e raios.

O percurso é tranquilo e caminhamos 800 metros até o cume. As subidas não são muito íngremes, com vegetação em todo o trajeto, o que ajuda muito a aliviar o calor. A trilha é toda adaptada para ser autoguiada, com placas, escadas e corrimão em trechos mais complicados. Dá para parar em vários pontos com bancos de madeira e a vista vai ficando cada vez mais encantadora!

O topo do maciço rochoso granítico recoberto por vegetação de campo de altitude está a 1.561 metros. A primeira parada no ponto final da trilha fica ao lado de uma torre de internet do Parque, mas dá para acessar outro mirante, com capacidade de cinco pessoas por vez, com vista para a sede administrativa, rodeada por morros e vegetação densa. Do local também dá para visualizar o mar de morros que compõe o relevo da região, os municípios de Miradouro, Fervedouro e Ervália, e os Picos do Boné e do Soares.

A descrição do Parque indica que o trajeto é feito em 1h20, mas conseguimos chegar no topo em 1 hora, mesmo parando várias vezes durante a trilha. Depois descemos até o entroncamento que dá para a Trilha do Muriqui. Dali, podemos retornar para o ponto de partida ou continuar a caminhada em um novo percurso pelas matas. O nome é referente ao maior primata das Américas, muriqui-do-norte encontrado nas matas do Brigadeiro. Ele está ameaçado de extinção. Na trilha nos deparamos com resquícios de ferramentas usadas durante a extração de madeira.

PAUSA PARA A HISTÓRIA: O Pico do Grama possui cobertura de mata secundária, regenerada após período de desmatamento na época de extração de madeira para produção de carvão. Toda a área era pasto e regenerou de forma natural.

Depois caminhamos mais um pouco pela Trilha do Encontro. Antes do período de pandemia, era possível fazer o trajeto de forma sensorial, com os olhos vendados, tipo Bird Box (rs). É bem legal, ainda mais que tem um trecho com um riacho e fazemos descalço. Mas, por enquanto, só será possível fazer sem venda mesmo.

A soma do trajeto das Trilhas do Muriqui e Encontro na descrição do Parque dá média 1h20 de caminhada bem suave, acessível para todas idades. No final, saímos na estrada principal do Parque e caminhamos de volta ao estacionamento.

Como chegar no Parque?

O Parque do Brigadeiro possui dois acessos: para quem vem do Rio de Janeiro ou Juiz de Fora, a melhor opção é a chegada pela portaria ‘Pedra do Pato’. O motorista deve seguir pela BR 116 (antiga Rio-Bahia) até chegar à cidade de Fervedouro. Em Fervedouro, seguir 20 km em estrada de terra até o distrito de Bom Jesus do Madeira, continuar por mais 7 km até chegar à sede do Parque. Já para quem vem de Belo Horizonte, o caminho passa por Viçosa, vai até o trevo de acesso a Ubá, segue sentido São Miguel do Anta e, depois, pela BR 482 até Araponga. A partir daí, seguir por 11 km de estrada de terra até a ‘Portaria Araponga’, mais 1 km chega-se ao Parque.

março 17, 2021
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